domingo, 4 de setembro de 2011

uma cozinha rica em cores e sabores


vamos valorizar a nossa cozinha

"O que é a cozinha brasileira? Enquanto a indústria turística veiculou que o "típico" do Rio Grande do Sul é o churrasco, nós dizemos que o churrasco é um hábito nacional; mais "típico" do Rio Grande do Sul é o amargo do mate, que o liga ao Paraná, ao Mato Grosso, ao Uruguai e à Argentina. A feijoada? Os brasileiros comem com muito mais frequência macarronada, pizza e bife alla parmegiana do que esse outro símbolo da culinária nacional!"
DivulgaçãoA feijoada é um prato típico da culinária brasileiraA feijoada é um prato típico da culinária brasileira

Para o sociólogo Carlos Alberto Dória a definição de que a cozinha nacional é fruto do amálgama dos modos de comer de índios, negros e brancos é falaciosa e sua história pede para ser contada de outro modo. Enquanto grandes centros urbanos estão passando por uma fase de celebração da culinária brasileira, pesquisas recentes mostram que numa dieta de 130 itens, o consumo de ingredientes e produtos regionais é muito baixo! Dória, então, propõe redesenhar o território segundo a tipicidade de ingredientes ou produtos. Nesse novo "mapa", as "regiões" do IBGE são substituídas por manchas culinárias descontínuas e mais úteis ao conhecimento da diversidade alimentar. Desta forma teríamos as culinárias: AMAZÔNICA - uso amplo da mandioca e seus derivados, frutas, peixes de rio e outros produtos da floresta; da COSTA - marcada pelo uso de peixes, frutos do mar e do leite de coco, se estende do Ceará ao Espírito Santo; do RECÔNCAVO BAIANO - uso do óleo de dendê a partir da laicização da "cozinha de santos"; do BRASIL MERIDIONAL - notável difusão do cuscuz e outros pratos à base de milho e utilização farta de carnes. Essa culinária apresenta manchas específicas a partir de outros ingredientes, tais como o pequi, o mate e o pinhão; CAIPIRA - calcada no milho, no porco e no frango, além dos vegetais e legumes de horta, com grande assimilação de técnicas portuguesas de preparo.

O detalhamento dessas manchas culinárias descontínuas fica na dependência do conhecimento etnográfico de cada território. A riqueza de ingredientes de cada uma delas é que deve constituir o objeto de estudo de quantos se preocupem em traçar um quadro moderno da culinária brasileira.
"reportagem publicada no jornal tribuna do norte"

sábado, 3 de setembro de 2011

cozinha,mitos e verdades

Ter o pé na cozinha já foi expressão pra lá de preconceituosa. Hoje, é o sonho de muita gente por aí, que anda de porta em porta de restaurante (a porta dos fundos) à procura de um espaço para mostrar seus dotes, seu talento, sua arte. Ultimamente, a profissão de cozinheiro anda tão revestida de glamour que qualquer um com jeito pra coisa leva o pensamento às alturas ao se imaginar no comando de um restaurante: capas de revista e programas na tevê, diversão, dinheiro, reconhecimento, prêmios, badalação e muito mais. Mas quem trabalha na área adverte: é bom pôr os pés no chão.
O primeiro mito que envolve a profissão diz respeito ao título de chef: por se tratar da posição mais alta na hierarquia da cozinha, não é fazendo um curso que a pessoa vira chef. Antes disso, é preciso batalhar muito, nas funções mais básicas que envolvem a preparação de um prato. E quem investiu bastante num curso, comprou roupa, sapato de cozinheiro e faca especial de repente vai se ver às lágrimas descascando cebolas. Ou nem isso.
a verdade nua e crua,ou assada,grelhada é que na pratica a cozinha é um lugar ingrato pois se trabalha muito na maioria das vezes ganha-se pouco atura-se clientes exigentes(leia-se chatos)muitas vezes falta suporte e temos que nos desdobrar para executarmos nossa função.pô quer dizer que a cozinha só tem coisas ruins...não...pelo contrário,o caso é que somos movidos pela paixão nada mais satisfatório que um final de turno,muito cansaço mais uma sensação de bem estar,de dever cumprido, só vivendo pra saber o que é como o titulo deste blog "Cozinha Minha Paixão!"